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  • Foto do escritorDra. Amanda Zilio

Intolerância alimentar: o que é, sintomas, causas e tratamento

Atualizado: 30 de out. de 2023

A intolerância alimentar é uma reação adversa do organismo a determinados alimentos ou componentes alimentares. Ela ocorre quando o sistema digestivo não consegue digerir ou absorver adequadamente essas substâncias, causando sintomas como dor abdominal, inchaço, gases, diarreia, náuseas, vômitos.


A intolerância alimentar é diferente da alergia alimentar, que é uma resposta imunológica exagerada a um alimento específico, podendo causar reações graves e até fatais.

Existem vários tipos de intolerância alimentar, dependendo da substância envolvida e do mecanismo que causa a reação.


Os principais tipos são:

  • Intolerância à lactose: é a incapacidade de digerir a lactose, o açúcar presente no leite e nos derivados lácteos. Ela ocorre quando o organismo não produz ou produz em quantidade insuficiente a enzima lactase, responsável por quebrar a lactose em glicose e galactose. A lactose não digerida chega ao intestino grosso e é fermentada pelas bactérias da flora intestinal, gerando gases e ácidos orgânicos que irritam a mucosa intestinal. Os sintomas podem variar de acordo com a quantidade de lactose ingerida e a capacidade de produção de lactase de cada pessoa.


  • Intolerância ao glúten: é a dificuldade de digerir o glúten, uma proteína presente no trigo, na cevada, no centeio e na aveia. Ela pode ser causada por uma doença autoimune chamada doença celíaca, na qual o glúten provoca uma inflamação crônica no intestino delgado, danificando as vilosidades intestinais e prejudicando a absorção de nutrientes. Os sintomas podem incluir diarreia crônica ou constipação, perda de peso, anemia, osteoporose, infertilidade e depressão. A intolerância ao glúten também pode ser causada por uma condição menos grave chamada sensibilidade ao glúten não celíaca, na qual o glúten provoca sintomas gastrointestinais e extraintestinais semelhantes aos da doença celíaca, mas sem causar lesões no intestino.


  • Intolerância à frutose: é a incapacidade de absorver a frutose, um açúcar presente nas frutas, no mel e em alguns adoçantes. Ela pode ser causada por um defeito genético na proteína transportadora de frutose no intestino delgado ou por uma deficiência da enzima frutose-1-fosfato aldolase no fígado. A frutose não absorvida chega ao intestino grosso e é fermentada pelas bactérias da flora intestinal, produzindo gases e ácidos orgânicos que irritam a mucosa intestinal. Os sintomas podem incluir dor abdominal, inchaço, gases, diarreia e flatulência.


  • Intolerância à histamina: é a dificuldade de metabolizar a histamina, uma substância que participa de processos inflamatórios e alérgicos no organismo. Ela pode ser causada por uma deficiência da enzima diamina oxidase (DAO), responsável por degradar a histamina no intestino delgado. A histamina em excesso pode causar sintomas como dor de cabeça, vermelhidão na pele, coceira, urticária, rinite, asma, taquicardia e hipotensão.

O diagnóstico da intolerância alimentar pode ser feito por meio de testes laboratoriais.


Outra forma de diagnóstico é a dieta de eliminação, na qual o paciente exclui da sua alimentação os alimentos potencialmente causadores de intolerância e verifica se há melhora dos sintomas. Em seguida, os alimentos são reintroduzidos gradualmente e observa-se se há recorrência dos sintomas.


O tratamento da intolerância alimentar consiste em evitar ou reduzir o consumo dos alimentos ou dos componentes que causam sintomas. Em alguns casos, podem ser usados medicamentos ou suplementos que auxiliam na digestão ou na absorção das substâncias envolvidas.


A intolerância alimentar é um problema comum que afeta muitas pessoas e pode comprometer a qualidade de vida. Por isso, é importante conhecer os seus sintomas, as suas causas e as suas formas de diagnóstico e tratamento. Assim, é possível evitar ou minimizar as reações adversas e manter uma boa relação com os alimentos.

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